quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Resenha: A menina que roubava livros



A menina que roubava livros é um dos poucos livros que eu já li mais de 3 vezes. E isso, com certeza, pode ser usado como um parâmetro do quanto eu gosto de um livro. São raros os livros que se consegue ler mais de uma vez na vida, não tanto por que não seja bom ou porque a história não seja boa, mas porque ele não te cativa o suficiente para ingressarmos na 2° leitura. É engraçado, porque esse livro me assustou quando vi a capa, a antiga, branca, com a foto da “morte”, que dizia assim: “Quando a morte conta uma história , você deve parar para ler.” Ok, não tem nada de tão assustador  assim, mas eu meio que estranhei. Não sou tão fã assim de livros com temáticas sombrias e tal. Mas, comprei mesmo assim. Na verdade, comprei mais por conta do título, eu me via na paixão da menina em relação a livros, não equivalente a rouba-los, mas em relação a ama-los. 
O resumo em si não trazia tantas informações, mas já era o suficiente para eu querer me aventurar na história. E, graças a Deus, por eu te-lo comprado! Rs




"Decididamente, eu sei ser animada, sei ser amável. Agradável. Afável. E esses são apenas os As. Só não me peça para ser simpática. Simpatia não tem nada a ver comigo."


A história se ambienta na Alemanha Nazista e conta a história de Liesel, garota alemã com pai Comunista, que acaba “falecendo” e deixando a mãe cuidando de dois filhos. Como as condições são precárias, a mãe decide entregar os dois para um lar adotivo. Mas, no caminho o irmão acaba falecendo também e Liesel é entregue sozinha para a família que cuidará dela. Inicio triste da vida de uma menina que ainda nem havia chegado a adolescência. Mas, como dizem, quando muita coisa ruim acontece, algo bom surge (alguém disse isso, não?rs) E foi assim, felizmente, para Liesel. Conhecemos então a família: Rosa Hubermann, “mãe”, Hans Hubermann, “pai”. Ambos, já tiveram dois filhos, porém não moram mais com eles. Quando encontramos Rosa pela primeira vez, achamos que ela é uma mulher dura, fria e distante. Mas, ao longo do livro, vemos que ela é um pouco mais que isso, é uma boa pessoa. Mas, não vou deixar você não se surpreender. Leia e veja o que eu digo.rs Agora, o Hans. Que homem! Ele é simplesmente incrivel! Eu me apaixono por ele sempre! Desde a primeira aparição, até a ultima linha! Ele te encanta e te inspira. Ele é um dos personagens centrais e desenvolve um papel muito importante na evolução da Liesel.

"Possivelmente, a única coisa boa advinda desses pesadelos era que eles traziam ao quarto Hans Hubermann, seu novo papai, para acalmá-la, acarinhá-la.
Ele ia todas as noites e se sentava com a menina. Nas primeiras duas vezes, só fez ficar com ela - um estranho para matar a solidão. Noites depois, sussurrou:
- Pssiu, eu estou aqui, está tudo bem.
Passadas três semanas, abraçou-a. A confiança se acumulava depressa, graças á força bruta da delicadeza do homem, a seu estar ali. Desde o começo a menina soube que Hans Hubermann sempre apareceria no meio do grito e não iria embora."


Agora que conhecemos a família, vamos para a vizinhança. A rua onde Liesel passará mais tempo e viverá inúmeras aventuras e desprazeres. Mas de todos que eu poderia citar, o mais importante com certeza é o Rudy! O menino com cabelo cor de limão que se tornará o melhor amigo dela e parceiro nos roubos, rs! Eles são unidos tanto na escola, rua, ou em qualquer lugar. Ele vive com fome e adora se aventurar. Os dois se metem em cada coisa! Rs Acompanha-los é sempre divertido, mas também tem seus momentos sérios, tristes.

"Uma ideia bonita:
Uma, roubava livros.
O outro, roubava o céu"

Olhando assim, aparenta ser um livro infantil, ou até mesmo pré adoslecente. Mas, não.
Ele fala da vida de uma adolescente, é verdade, mas uma adolescente que vive em meio a uma guerra, que vê parentes queridos falecendo, pessoas indo embora. Tem a questão da descoberta, do crescimento. Mas, também tem a questão de escolher lados, amadurecimento precoce e questões que normalmente seriam pertinentes a adultos tomarem. Mas, quem narra a história é a Morte. Então, não é uma narrativa tão juvenil assim.
Eu amo esse livro, me emociono todas as vezes que leio e pra mim essa seria uma leitura imprescindível para todas as pessoas! Rs
Vale muito mesmo a pena ler.

E, ah! Tem um filme! Super indico! Mas só para quem leu o livro e se apaixonou, assim dá pra aproveitar o filme muita mais :)

Faz o teste, e me diga se você não se apaixonou! Rs


Kisses

See you soon,

Mi

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